sábado, 15 de maio de 2010

DANNI CARLOS EM ENTREVISTA PARA MTV - 2008.

Oi pessoal! Vou postar pra vocês a seguir uma entrevista da Danni para Mtv,realizada no dia 15/01/2008.Ela fala sobre diversos assuntos,desde os covers até o lançamento do primeiro CD autoral - Musica Nova.A entrevista é antiga mais é bem bacana. Confiram:


Montagem feita por Jully Almeida.

Danni Carlos apareceu para o grande público em 2003, quando lançou o infame disco de covers “Rock´n´Road”. O álbum estourou de vendas e gerou três continuações: Rock´n´Road Again, Rock´n´Road All Night e Rock´n´Road Movies”.
Espécie de Emmerson Nogueira de saias, a moça se consagrou entre o público fã de versões para canções bem conhecidas. Mas, segundo a própria, seu negócio mesmo era compor.

Após quatro anos servindo aos interesses da gravadora, Danni finalmente conseguiu colocar no mercado seu primeiro disco autoral.
Simpática e agradável, a carioca mostra impaciência com o passado – brincando sobre atirar couves” na platéia – mas se rende, admitindo cantar alguns covers na nova turnê. Ataca a falta de talento dos artistas autorais de hoje, justamente quando lança o seu disco autoral. E diz que gravou seu primeiro disco amarradona, mas não queria colocar seu nome na capa.

Contraditória? Esta é a nova Danni Carlos!

Este é o seu primeiro disco autoral. O que você pode falar sobre ele?

Danni Carlos - Eu já componho a muitos anos. Na verdade, eu comecei a vida compondo. Eu aprendi a cantar cover, porque eu não sabia. Eu nunca cantei em barzinho na minha vida. Aí eu estava super “atribulada financeiramente” (risos) e me chamaram para fazer (o disco de covers). Pô, na hora eu topei, fiz amarradona, deu super certo. Saí da pindaíba.
Nesta época tava rolando o Emmerson Nogueira, ganhando dinheiro no mercado e eles (a gravadora): “Olha, abriu uma brecha no mercado, você não quer ser a concorrente feminina do Emerson?”. E aí eu fiz.
O primeiro vendeu 100 mil cópias, o segundo 50 mil e assim por diante. E não consegui gravar meu disco autoral porque não consegui interromper, nem queria interromper, aquela maré boa que eu nunca tinha tido na vida.
Agora rolou. A galera da gravadora, fofa, chegou para mim e disse: Vamos gravar seu disco autoral”. Eu chamei o Marcelo Sussekind para produzir, tinha que ser ele.
A gente gravou um disco com 13 faixas. Onze minhas, uma do Nando Reis, que ele compôs para esse disco e uma do Dudu Falcão, que é essa que está na novela das oito. Mais calminha, meio bossa novinha”. A letra é muito boa e se encaixou totalmente com o que eu estava vivendo.
É muito louco, porque eu gravei cinco CDs de cover e nunca me dado bem assim, em termos de repercussão do meu trabalho. E de grana. O passo que, na verdade, fiquei até com medo de dar, foi o que me deu mais retorno.

Você sente algum tipo de preconceito da mídia em relação ao seu disco autoral, tendo em vista que você gravou tantos discos de covers?

Danni Carlos - O maior preconceito era o meu. Quando eu gravei o primeiro disco, eu falei: não bota meu nome na capa! Aí, quando vendeu 50 mil, eu falei: Você poderia botar meu nome na capa, por favor, que agora foda-se”. Da mídia, eu não senti preconceito.
Em 2006, quando eu comecei a fazer uns shows malucos, autorais, nuns lugares underground” do Rio de Janeiro, era complicado. Iam sempre aquelas pessoas que queriam ouvir cover e os shows eram muitos pesados. Três guitarras o tempo todo, eu tava louca, com raiva. Agora não tá mais tão heavy metal, não to mais tão revoltada.
Eu aprendi muito cantando cover. Primeiro que eu não faço igual. Não coloco aqueles corinhos, tchu tchu, tchu tchu. Eu faço do meu jeito. Eu nunca me considerei macaca de imitação. Sempre quis fazer do meu jeito. Nunca cantei música ruim, que eu não goste, porque acho uma merda.
Eu e a banda estávamos falando: vamos agora, nesse novo show, comprar um monte de couve na feira e no final do show gritar ‘vocês querem couve???’ E jogar um monte de couve na platéia.” (risos).

Na sua opinião, ao que se deve esse interesse que se vê hoje por artistas cover?

Danni Carlos - Eu acho se deve à falta de coisas boas novas. É foda. Se fazia coisa muito boa (antigamente). Não sei se porque a galera trabalhava menos, usava mais droga, ficava mais maluco e ficava mais engraçado, ou inteligente, ou interessante.
Hoje em dia, se você pirar muito, o bonde passa e você não trabalha. Você tem que acordar para trabalhar no dia seguinte. A velocidade do mundo é muito louca. Se você não pegar e, sei lá, acordar cedo e fazer as coisas, você passa fome. O mundo tá muito selva. Então as pessoas tem menos tempo, eu acho, com as viagens pessoais para poderem criar alguma coisa que divirta, ou entretenha.
E aí as coisas então menos interessantes, menos atraentes. Acho que existe uma necessidade de voltar a emoções ou histórias mais intensas que o passado do rock contava. As pessoas eram mais malucas.
Acho que se deve também à preguiça mental de procurar. Preguiça mental do público.
No final do meu show autoral eu coloco uns covers. Uns cinco ou seis, para a galera não ficar violenta. Mas eu fico feliz que as meninas já pedem minhas músicas nos shows, já se identificam mais.


Fonte: Mtv

Espero que tenham curtido!!
beijos =).

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