terça-feira, 6 de outubro de 2009

Danni Carlos não esperava fazer filmes antes de ''Quanto Dura o Amor?''

Conhecida por seus projetos musicais, Danni Carlos saiu do reality show A Fazenda um pouco mais famosa. Se no programa de TV ela revelava seu lado mais pessoal, em Quanto Dura o Amor?, Danni mostra seu lado atriz. O filme de Roberto Moreira traz a cantora não somente sobre um palco, terreno conhecido dela, mas também atuando. E Danni não faz feio: segura bem o papel de coprotagonista, experimentando por meio de sua personagem extremamente intensa cenas envolvendo drogas e bissexualidade. Conversamos com a cantora e atriz sobre esta sua estreia no cinema:


Uol: Como você chegou ao projeto de Quanto Dura o Amor??
Danni: Foi um encontro inusitado porque eu não estava programando fazer o filme e estavam procurando alguma atriz para fazer a Justine. Em seis meses fazendo muitos testes, a produção não conseguiu encontrar a pessoa e de repente o Luciano Patrick, um dos produtores executivos do filme, me viu na TV tocando em algum programa e percebeu que a Justine estava ali na televisão. Ele comentou isso com o Roberto [Moreira, diretor], fizeram um teste comigo e passei. Estava numa fase bacana, aberta a coisas novas, e rolou. Fiquei super contente quando soube que passei!

Uol: Você também fez outros trabalhos em atuação...

Danni: Sim, mas cinema dá um medo especial...

Uol: Por quê?
Danni:
Porque é cinema... Já fiz televisão e se você errar é possível parar, voltar, o processo de pesquisa é desenvolvido junto. A noção de tempo da novela é mais real, o personagem vai se transformando, você não tem de construir uma linha de existência do começo ao fim em tão pouco tempo. O filme só tem um caminho para fazer, um único gráfico emocional para construir em muito pouco tempo. Acredito que a interpretação também muda.

Uol: O fato de ser uma personagem cantora te ajudou nesse processo de construção?
Danni
: Não se facilita porque vou ter de pensar em como ela fará quando não estiver cantando, né? Mas aproxima e isso é bom. Gosto muito de cantar, então foi bom que ela cantasse também.

Uol: Fora do palco, tem vários temas complicados envolvendo a Justine: uso de drogas, bissexualidade... Como você encarou isso tudo na sua estreia em cinema?
Danni:
Eu gostei! Acho que não foi complicado, foi emocionante, divertido.

Uol: Roberto comentou que os atores contribuíram muito, especialmente nos diálogos, embora o roteiro já estivesse pronto. Como foi esse diálogo seu com o roteiro?
Danni:
Foi muito gostoso. O Roberto é tão generoso nesse sentido, fez com que todos se aproximassem de uma natureza que fosse confortável para cada um.
Cantar Radiohead, por exemplo, adoro Radiohead. A gente fazia reuniões para conversar sobre o que fosse confortável para cada um, se aproximasse da natureza. Foi assim também com a música. O Lívio [Tragtenberg], que fez a música, era muito aberto. Existia um jogo de cintura de todo mundo para que todos ficassem satisfeitos.

Uol: As versões das músicas que a Justine canta são suas?
Danni:
Fiz junto com o Livio, fomos tocando juntos, sentindo. Vinha com propostas e algumas foram ficando, ele ia colocando detalhes... Foi um trabalho de equipe bem gostoso.

Uol: Você pretende de seguir atuando?
Danni:
Resta saber se o cinema pretende seguir comigo!

Uol: Você teve propostas neste sentido, especialmente depois dessa fama toda repentina [por causa do reality show A Fazenda]?
Danni:
Ainda não, mas acredito que possa acontecer como foi neste filme, não programei. Espero que aconteça outra vez e que seja gostoso como foi este trabalho. Quem sabe não aparece uma coisa boa assim de novo, né?


Fonte:
Portal Uol

Nenhum comentário: